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A necessária empatia

A necessária empatia
Vivemos tempos curiosos, esses tempos de transição, pois, apesar de estarmos caminhando em meio ao trânsito para a regeneração humana, como previram os Espíritos junto a Allan Kardec, consoante anota em seus textos o ínclito codificador do Espiritismo, saltam aos nossos olhos comportamentos dantescos na vida social.

O fato é que, nesse período de transição emergem conflitos íntimos na esfera pública que antes ficavam no anonimato, em tempos em que não éramos uma sociedade informática, com rede de comunicação global e complexa.

Mas esses conflitos, oriundos na preponderância das paixões inferiores sobre a nossa natureza espiritual apenas reflete a nossa condição - impermanente - de Espíritos imperfeitos, que se afligem na coletividade como uma residualidade de um tempo de outros tempos chegados.

Tempos de dores acerbas na alma é um tempo em que a empatia é sobejamente necessária, para que nos compreendamos uns aos outros e nos entreajudemos.

Mas o que é empatia? O nosso confrade, Jason de Camargo a definiu como (...) a capacidade que conduz o indivíduo a se colocar no lugar do outro, a perceber o que se passa com ele pelas vias da sensibilidade, é sentir o que o outro está sentindo pelos canais não verbais."

Portanto, empatia é uma habilidade socioemocional que se desenvolve e se edifica, enquanto aprendizagem do Espírito imortal, à medida em que procuramos compreender pelo sentir/agir/pensar a perspectiva do outro, sua experiência e seus sentimentos. Para Jaime Ribeiro, ela é uma habilidade fundamental para a liderança do futuro, afirmando-a como “a capacidade de ver o mundo através dos olhos de outra pessoa, entendendo e dividindo os sentimentos dessa pessoa."

Compreender as dores morais do outro é fundamental nessas horas de transição, em que emergem para a vida de relação os nossos conflitos existenciais originados no descompasso entre o que estamos sendo e a nossa meta evolutiva, em conformidade com o estágio de regeneração.

Cmo podemos ser empáticos?

Em primeiro lugar, dispondo-nos internamente à compreensão do outro, sem julgamentos morais, em segundo lugar, criando o hábito de olhar respeitosamente nos olhos do próximo.

A seguir, como um terceiro passo, exercitar a escuta empática ou a escuta com plena atenção, colocando-se por inteiro à serviço da expressão de dor ou angústia expressa pelo próximo a seu modo.

Assim agindo, tudo indica que estaremos sendo presença na vida um dos outros e estabeleceremos relacionamentos verdadeiramente caridosos, onde superaremos a indiferença, curaremos o ódio e nos reconheceremos uns aos outros como filhos de Deus e irmãos em caminhada evolutiva comum.

FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO RIO GRANDE DO SUL (FERGS).
Publicado em 31 out. 2019. Disponível em: https://www.fergs.org.br/ « Voltar